Qual a melhor abordagem de gerenciamento de projetos?
Há algum tempo tive a oportunidade de assistir um webinar com o Junior Rodrigues e o Luiz Labriola, que me abriu minha mente. O tema do webinar era o framework Cynefin, um framework para tomada de decisão, criado pelo consultor e pesquisador David Snowden. Infelizmente, esse webinar não foi gravado e disponibilizado, mas existe bastante material sobre isso — tanto em português, quanto em inglês (ao final desse post, vou deixar algumas referências).
Uma das perguntas que este framework nos ajuda a responder, é justamente a pergunta do título. Inclusive, ele nos ajuda a melhor formular esta mesma pergunta: o framework nos ajuda a entender que, de fato, não existe bala de prata, que não existe a melhor abordagem para todos os projetos, mas sim, a melhor abordagem de acordo com o contexto no qual o projeto está inserido. Traduzindo isso para termos mais práticos, o framework menciona 5 contextos ou ambientes:
- Óbvio ou Simples: melhores práticas (PMBOK® e PRINCE2 podem ser usados em conjunto com processos estruturados de gestão de riscos e mudanças);
- Complicado: boas práticas (PMBOK® e PRINCE2 podem ser usados em conjunto com práticas ágeis);
- Complexo: práticas emergentes e ágeis (Kanban, Scrum e outras abordagens ágeis podem ser utilizadas);
- Caótico: novas práticas, é preciso “sentir” o ambiente para criar respostas (hackatons podem ser usados para encontrar ou descobrir novas práticas); e
- Desordem ou Confuso: não é possível identificar qual prática deve ser utilizada (quando um projeto, por exemplo, está confuso é porque talvez esteja grande demais para ser um projeto, logo, pode ser necessário dividi-lo em partes menores para, a partir daí, definir em que contexto está).
Conhecer este framework me ajudou, portanto, a entender que não existe essa de “a abordagem tradicional vai morrer” ou “o ágil é melhor que o tradicional”, mas que em determinados contextos, a abordagem “tradicional” ou cascata simplesmente não se aplica, assim como o ágil, em determinados contextos, também não se aplica.
Portanto, a pergunta que precisamos nos fazer, não é “qual é a melhor abordagem?”, mas sim, “no contexto em que estou, qual é a abordagem mais adequada?”.
E você, que descobertas teve a partir do Cynefin?
—
Para saber mais sobre Cynefin:
Em português:
- Vídeo “Usando framework Cynefin para definir abordagem de gestão de projetos”
- Vídeo “Coronavírus x Framework Cynefin”
- Vídeo “Cynefin: Framework para Tomada de Decisões em Projetos”
- Vídeo “Wankes Leandro — Novos domínios para a tomada de decisão em RH: explorando o Cynefin Framework”
Em inglês:
- Vídeo “Complexity, Cynefin, andAgile”
- Vídeo “Discussion on the Cynefin framework | Dave Snowden & Imre Porkoláb | TEDxBudapestSalon”
- Artigo na Wikipedia sobre Cynefin
- Site do criador do framework Cynefin, Cognitive Edge
- Matéria na Harvard Business Review sobre Cynefin
Originally published at https://iniciagp.blogspot.com.
