“Comece pelo porquê” e a importância de conhecer seu propósito
Embora tenha ouvido a primeira vez sobre este livro em 2015, somente agora, 6 anos depois, parei para lê-lo. Nesta postagem vou trazer algumas reflexões e ensinamentos que o livro me trouxe.
“Imagine se toda organização começasse pelo PORQUÊ. As decisões seriam mais simples. A fidelidade seria maior. A confiança seria moeda corrente. Se nossos líderes fossem diligentes quanto ao PORQUÊ, o otimismo iria reinar, e a inovação, prosperar.”
Uma das últimas frases do livro resume bem o aprendizado que tive com ele. Como mencionei no começo, em 2015 tive o primeiro contato com o conceito do Círculo Dourado (ou Golden Circle), criado pelo Simon Sinek. A primeira vez que ouvi falar do conceito foi um treinamento de autoliderança, no qual esse conceito foi apresentado como uma forma de encontrarmos nosso propósito pessoal. Anos depois, em 2020, tive novamente contato com o conceito, no âmbito profissional, olhando para times ágeis e organizações. Talvez, justamente por isso, o livro não me trouxe nenhuma “iluminação”, apenas reforçou conhecimentos e conceitos que eu já tinha ou conhecia.
De modo geral, o livro traz diversos exemplos bem conhecidos do público — Apple, Microsoft, Walmart — e alguns bem regionais, dos EUA. Todos com o objetivo de ilustrar e reforçar a mensagem do autor: sem um propósito, todo o resto não tem sentido. Ter um propósito claro é o que nos move e nos impulsiona — como indivíduos e como organizações — no entanto, ao contrário do que muitos pensam, tudo bem se você ainda não conhece seu propósito. O próprio livro traz diversos exemplos de empresas que começaram sabendo apenas seu O QUÊ e seu COMO e depois, ao se deparar com problemas de quem não sabe por que faz o que faz, é que fizeram exercícios profundos de autorreflexão e encontraram seu propósito.
O livro também traz exemplos de como é comum “perder” seu propósito ao longo do caminho, por isso é tão importante ter algo ou alguém que personifique e mantenha esse propósito vivo, mas igualmente, é importante, de alguma forma, tornar o propósito claro para todos, para que quando esse algo ou alguém “se for” o propósito se mantenha vivo nas pessoas (o propósito precisa ser maior do que uma pessoa apenas).
“Valor é um sentimento, não um cálculo. É uma percepção.”
Esta outra frase do livro resume uma dor de muitas empresas (e até de muitas pessoas): é muito difícil para as pessoas separar valor de grana. Costumamos achar que “gerar valor” é vender mais, ganhar mais e/ou aumentar faturamento e não necessariamente, valor é algo intangível, extremamente difícil de mensurar, é a percepção que um cliente, colaborador ou outra pessoa tem de um produto ou serviço que você entrega.
Uma última lição, que para mim, foi uma das mais importantes, é que: propósito sem execução não tem efeito. O propósito (ou PORQUÊ) é crucial, mas sem execução (COMO e O QUE) não passa de uma ideia ou idealização.
E você, já leu esse livro? Quais são suas percepções sobre?